SERIA PRUDENTE OU ACONSELHÁVEL VOTAR EM BRANCO?
A pergunta que faço neste comentário, é fruto da minha contínua reflexão que me inquieta a cabeça. Se seria prudente ou necessário tomar esta postura ante o que um vê e vai conhecendo cada dia social e politicamente de certas repartições e de certos políticos e não políticos, das suas ocupações, privilégios, arbítrios e não sei quantas coisas mais, das que desfrutam sem vergonha alguma. Se observamos este fenómeno desde as opções legais que um cidadão tem com o seu voto à hora de acudir às urnas, nas diferentes eleições. É evidente que é legal votar em branco sem o mais mínimo rubor ante ninguém. Visto que é legal e indiscutível o poder tomar esta decisão, eu como cidadão de pleno direito, e à vista dos últimos e já constantes factos que se estão sucedendo, e recaindo em cima de um como uma obrigação ou até uma necessidade nas classes médias ou mais baixas. Porque não tomar certa postura, totalmente legal numa democracia, ante uns certos factos? Que postura seria ela?
Tomemos as próximas eleições ou as que venham a suceder mais tarde, de uma forma reivindicativa usando o nosso direito constitucional “votando em branco”. Sim! Que ninguém se assuste; façamo-lo livremente que não vai passar nada de nada, nem se vai cair o mundo, nem se vai arruinar o país, coisas mais graves passaram ao longo da nossa história e aqui estamos e repito, é que é um direito por lei; leia-se a lei e vejam se me engano. Que pretendo com esta minha postura ou proposta? Simplesmente usar um dos nossos direitos mais directos e uma postura até certas decisões políticas e por onde, até às pessoas que directamente produzem estas posturas ou estas diferenças vergonhosas entre eles mesmos e os cidadãos aos quais lhes aplicam certas medidas que logo para eles não querem nem ouvir ou ir nomear.
Mas sabe o senhor o que pretende se chegara a pôr-se de acordo a cidadania portuguesa e votara em branco? Por suposto que sim. O primeiro e seguro, é que o mundo não se vinha abaixo nem muito menos e a nação não se ia a partir. O segundo e por cima de tudo, que os políticos, todos eles, se perguntaria, o porquê dessa postura dos portugueses e também, porque quiçá, por uma só vez, se lhes diria muito claramente que o de apertar-se o cinto está bem, mas para todos, e o de vários vencimentos ou pensões para uns sim e para outros unicamente uma como que não.
O da honestidade e a ética, tem que ser para todos. Mas, que dizer dos privilégios para sempre, o de cotizar quarenta anos e eu oito, o de receber por ter estado em vários cargos e o de frente por um e que não peça nem um euro mais.
E logo, falamos de exemplos e de ética, democracia e socialismo, uns e outros. Sei que a minha proposta não se cumprirá jamais, mas seria o exemplo mais patente, dizer aos grandes dirigentes de toda a índole, que o povo simples e honesto não está por essa proposta, xarope amargo para uns e doce para outros. Tontos sim, mas idiotas já está bem de tê-lo sido.
3) Este tema faz uma referência aos comentários políticos da época, sobre as virtudes, capacidades e preocupações dos aspirantes a cargos de governo. Sempre as mesmas promessas e sempre os mesmos resultados: mais paro, mais descontento e mais miséria. Por tudo isto pergunto: "Seria prudente ou aconselhável votar em branco?"