O PODER POLÍTICO
A palavra «poder» vem do latim «podere», que significa poder, potência. O poder é consubstancial a toda a sociedade, diz-se que alguém tem poder sobre outra pessoa, quando esta pode produzir resultados sobre ela, por exemplo: o chefe de uma empresa sobre os seus empregados, etc. Mas o que me interessa agora,, é o poder político. Dizemos que alguém tem poder político, quando tem capacidade de produzir resultados mediante o controle do Estado, exercendo influência sobre ele.
É muito conhecido em política o dito «o poder é tão central na política, como é o dinheiro na economia». Mas, quem tem poder político? Em toda sociedade política existem duas categorias: as elites e os cidadãos. As elites são as pessoas que produzem poder (Presidentes de Governo, Ministros, etc.). Os cidadãos ou as massas (término pejorativo, que hoje «graças a Deus» está desordenado ou em desuso», não obstante, dentro do mesmo poder existem duas categorias: a supremacia, máximo grau de poder político, que se dá nos ditadores, e por exemplo na supremacia branca na África do Sul, antes do Apartheid. E o poder como influência, o qual produz resultados de forma indirecta ou parcialmente; sindicatos, grupos de pressão, etc.. Mas a pergunta que põe é, quem tem legitimidade para exercer o poder e porquê? Existem vários tipos de legitimidade, remontemo-nos ao politólogo alemão Marx Weber, para que nos ilustre sobre o tema. A legitimidade tradicional, que aceita as realidades políticas existentes porque esteja vigente durante anos, o que poderíamos chamar tradição.
A legitimidade racional-legal, aqui o professor é um pouco ambíguo, pois aponta à lei e ao Direito, quando em um Estado Democrático de Direito, o único que dá a legitimidade é o cidadão, que é o soberano e em quem reside a legitimidade, que mediante um processo democrático (as urnas), dá a legitimidade aos seus representantes (ainda que muitas vezes os representantes se distanciem totalmente dos interesses dos seus representados). A legitimidade carismática da antiguidade, que era a devoção pelo seu líder, pelas suas virtudes, heroísmo ou exemplaridade.
Existem também reacções do poder mal exercido, como são: a perseguição, a coerção, a corrupção (tão na moda) e a tirania. Hoje em dia, os interesses imperam sobre as virtudes.
O poder político pode defender a legalidade com saber e sensata justiça ou pode tiranamente usar o seu poder para destruir a liberdade e a justiça.
Temo que o poder político emanado dos cidadãos, seja lugar a dúvidas o melhor sistema que temos na actualidade para a governabilidade de um país, mas ainda tem muitos buracos na sua legislação. Por isso, a corrupção, a injustiça social e a tirania seguem vigentes em algumas sociedades de este mundo, imerso no poder. [53]