A TODOS QUANTOS NÃO CONHECEM MENORCA
Escrevo este texto com a mente posta nessa maravilhosa Ilha de Menorca, e o meu coração, dando vida a maravilhosas cenas paisagísticas e sentimentais ali vividas por mim.
Permitam que lhes fale das belezas de uma ilha maravillosa, como é a “Ilha de Menorca”.
A IHLA DE MENORCA, foi colonizada pelo homem no final da época neolítica, lá pelos anos 2000 antes de Cristo. Nestas datas, é no vale do Nilo e na ilha de Creta aonde funcionavam sistemas de produção e de governo centralizados; fazía já bastante tempo, que uma parte das respectivas povoações vivían en núcleos urbanos, se había desenvolvido a escritura, por tanto há que falar já, de povos com história; incluso em determinados ambientes os avances tecnológicos y culturais de todo tipo, eram muito importantes.
MENORCA, é uma ilha declarada como “RESERVA DA BIOSFERA”, não só pelo seu encanto natural, como pelo seu estado puro. Desde la prehistória até tempos recentes, foi lugar de passo de distintas culturas, isto devido à sua situação estratégica no centro do Mediterráneo occidental, o que propiciou que desde os alvores dos tempos, diferentes povos hajan codiciado esta ilha como porto de escala y refúgio. Otros povos que por ali passaram, deixaram um rico legado histórico na ilha, que faz do mais oriental dos territórios das Baleares, uma terra com um relevante património. É por tudo isto, que historiadores, arqueólogos e eu mesmo, consideramos que Menorca constitui um auténtico museo ao ar livre.
Na ilha, se podem ver vários monumentos dos princípios da Idade do Bronze (2000 a.C.), época aquela que receve o nome de “PERÍODO PRETALAIÓTICO” e que deixou importantes vestígios funerários, como os sepulcros megalíticos, e as sepulturas colectivas chamadas NAVETAS; a mais conhecida, para que se um dia vão a conhecer esta bela ilha, a vaiam visitar; lhe chamam “NAVETA DES TUDONS” .
1400 anos antes de Cristo, o processo evolutivo desta cultura, produz umas grandes construções em pedra, conhecidas como TALAIOTS, palavra que dá nome ao período mais rico da pre-história islenha, “EL TALAIÓTICO”.
No ano passado, quando disfrutava das minhas férias na ilha, pude verificar algúns dos seus povoados desses tempos, como Trepucó, Torre d’en Galmés ou Son Catlar, todos eles, com um singular monumento de culto chamado TAULA; e as características necrópolis constituidas por decenas de cuevas excavadas artificialmente en los acantilados de la costa, como Calascovas o Cala Morell.
Se pode verificar pela ilha, que a cultura autóctona, baseada fundamentalmente nas construções ciclópeas, recebeu importantes influências externas procedentes de povos comerciais em expansão, como los cartaginezes, estabelecidos já em Ibiza, que se fazem notar sobre tudo, na introdução de novos utensílios e adornos.
No ano 123 antes de Cristo, se produz a conquista romana, que arrastará consigo a transformação dos povoados talaióticos e la preponderãncia de três cidades junto aos seus importantes portos: Mahón, Ciudadella y Sanitja.
Da época romana se podem ver as suas interessantes basílicas paleocristãs, como a de Mahón, de Ciudadella, e a de Fornás de Torelló, as quais conservam um interessante mosaico. São do século V después de Cristo.
Depois destas datas, a ilha vive o pior momento conhecido da sua história, até que no ano 903, os mussulmanos anexionaram-na ao califato de Córdoba. Se podem encontrar numerosos fragmentos cerámicos desta época em alguns povoados talaióticos, mas o dobramiento foi mais bem rural, ainda que as fontes escritas, fablam de uma rica economía e cultura literária. Destacam desta época os restos do castelo de Santa Águeda em Ferreries, fortificação islámica, que fôra destruida em tiempos de Don Pedro el Ceremonioso, anos depois da conquista de Menorca pela Corôa de Aragón.
A partir do ano 1287, a ilha viveu os avatares da corôa de Aragón e posteriormente do reino de Mayorca. São os séculos da fundação dos povos do interior da ilha, como Alaior e Ferreries.
Durante o século XVI, Menorca vive os momentos mais trágicos da sua história, com as incessantes incursões piratas, as quais produzen uma grande instabilidade aos seus habitantes e que terão o seu ponto culminante, com a destruição de Mahón em 1535 e de Ciudadella em 1558. Por causa das incursões piratas, a ilha esteve a ponto de ficar abandonada, até que Don Felipe II tomou a decisão de construir um forte, "O FORTE DE SAN FELIPE" à entrada do Porto de Mahón e algunas das torres de defesa da costa, como a de Sant Nicolau en Ciudadella.
No século XVIII, Menorca volta a ver-se involucrada nos avatares europeus e, como consequência da Guerra de Sucessão al trono de Espanha, passa a mãos dos ingleses no ano 1713. Foi durante cem anos que os ingleses dominaram sobre a ilha, salvo alguns pequenos períodos de domínio francês e espanhol. Os ingleses reforzaram as defesas, construindo mais torres na costa, como as que podem ver-se no puerto de Mahón ou Fornells, e o forte Marlborough em Mahón.
Os séculos XIX y XX são tão cosmopolitas como os anteriores; o primeiro, por causa das contínuas arribadas de esquadras estrangeiras ao porto de Mahón, que durante os primeiros anos, foi porto franco. Deste século, são o Lazareto e a Fortaleza de Isabel II na Mola, os dois no Porto de Mahón.
Ambos séculos são testemunhos de épocas de extrema pobreza, e de outras de bonanza económica, graças à incipiente indústria e ao comércio.
O século XX se caracterizou pelo equilíbrio entre os sectores económicos primário, secundário e terciário, até que a partir dos anos oitenta, foi o turismo o sector com mais desenvolvimento, o qual, según o meu critério, ocasionou uma ocupação do território, que chega a amiaçar a imagem que nós os turistas temos da ilha, e que se foi estancando, graças à declaração de Reserva da Biosfera e da consciência popular existente, pela sua preservação.
A oferta cultural em Menorca, é ãmplia e variada. Merece especial atenção, os numerosos povoados e monumentos históricos, repartidos por todo o território insular como, a Naveta des Tudons, Torralba den Salord, Torre den Gaumés ou Cales Coves, entre muitos outros.
Tudo isto, como história e lenda desta bela ilha, situada no centro del mediterráneo.
O que mais gosto da ilha?... Tudo… absolutamente tudo. Toda ela é beleza, ternura, suavidade e deslumbramento. É o mais belo poema escrito pela naturaleza, para disfrute do ser humano que tenha a sorte de poder visitá-la.
A ilha, que tem de comprimento apenas 44 kilómetros, está circundada por calas exuberantes, que entram mediante bocas de mar terra adentro, formando este tipo de calas com uma areia finíssima.
Menorca não é uma ilha de bulício, de discotecas ou o ócio de Marbella ou de Benidorm; é uma ilha aonde se pode desfrutar da autêntica naturaleza em pleno sossego e templança.
Se um día chegam a ir a esta maravilhosa ilha, não deixem de levar um bom livro, uma boa máquina de fazer fotos e um pergaminho aonde possam escrever o melhor poema da sua vida. Pensem que vão a sublimar as vossas vidas em um paraíso autêntico.
Se tudo isto que lhes escrevo, aparte de servir para incentivar a minha amizade, consegue motivar-lhes para passar uns días na ilha, me sinto ditoso; pois em verdade lhes digo, que se algo me fêz mais humano, foi o espírito marinho desta histórica ilha.
1) Este tema, escrito em Zamora (Espanha) no ano 2002, não é mais que a autêntica imagem que mantenho na minha mente, daquela maravilhosa ilha. Conhecer tanta beleza e conforto em tão reduzido espaço de terreno no meio do Mediterránio, é palpar e saboriar um troço da magnificência do paraíso onde reside a Deidad.